João Borboleta Andorinhas
que vive em casa da Adriana
2008
Esta noite sonhei que fomos aos Açores, de férias, e que levámos o piqueno João connosco, para o seu habitat original.
Irrequieto na sua gaiola vermelha, mas ansioso de muitas gerações de saudade, o amarelo não parou de chamar durante toda a viagem!
Mesmo quando e com a simpatêa dos populares locais, nãee se calôue!
Finalmente puderam conduzir-nos a um Serrado, transbordante de verde e algo ventoso, onde podemos ver e ouvir os seus primos afastados e silvestres.
Conscientes do risco que o choque com a Natureza lhe poderia causar…
Olhámo-nos e num ápice abrimos a gaiola ao mesmo tempo.
Pouco esperámos e as asas do Joãozinho ganharam amplitude até um arvoredo próximo, onde desapareceu.
Segundos de silêncio…! Até que sopraram os insuportáveis e belos decibéis, agora com mais espaço e audiência.
Nós, fugimos felizes para a Metrópole!
…e a pobre da gaiola vermelha ficou nos Açores, orgulhosa, reciclada, hoje está de pernas para o ar, como suporte de flores!
Mas, o mais imponderável aconteceu…
Eis que o nosso João, já ambientado, não perdeu o seu tempo e, com a sua Maria, procurou e escolheu um sitio familiar, perto do casario, porque não !?
…sim…foi fazer o ninho e os pintotes de canário na gaiola onde esteve preso!
O seu poiso preferido, de onde desfere os hinos infinitos, porque a gaiola está invertida, é a velha porta de arame, agora caída e aberta.
A nós só nos resta rezar pelo sono nos Açores.
Teu
Lélio
Para: Adriana Gravato
lélio magalhães pinto de oliveira --lempo
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